PIED DE COK

PIED DE COQ

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PIED DE COQ at Grémio Lisbonense
Festival Pedras d' Água/ Lisboa 2007
Collaboration by Catarina Miranda, Sara Pereira, Alfredo Martins,
Ana Monteiro, Carolina Hoffs, Laura Bañuelos.
Figuration: Miguel Fragata, Inês Oliveira
Supported by C.E.M.

SÍNTESE GRANULAR OU TIME SPECIFIC Uma personagem que não desce as escadas.Um bocado de saia, Um chamariz Ninguém se encontra na sala,Lá FORA tudo verte. Danço devagarinho, como se só eu estivesse aqui.Adoro ficar na demora de um esconderijo. Uma liberdade absurda! VomitoGentilmente come-se com as mãos, sem que ninguém veja.Sem que ninguém veja, tiro os sapatos depois de dançar. É gentil chorar. Canto sem saber a letraViro-me de costas,Jorrando poeira pelo canto da boca.Mais lá ao fundo: jogos de sedução, conversas, piadas ESCORREM…A minha (Não a dos outros)É branca e tem à volta o formato de uma costela amarelada.A solidão.É gentil lamberem-me de mansinho É gentil não me apaixonar nuncaQuando chegares sobeOu cala-teNão venhas em silêncio…Não… não… não… não… não…Enforca-me nos dentes de esmalte afiadosNada de compaixãoÉ um privilégio É muito mais amplo, este pesar que me ocupa de nadaÉ bem mais sincero.É gentil chegar bêbado a casa,Um abano de leque,Uma folha de sala,Lamber os dedos com muita saliva.A boca queimada do sol.Mentir de vez em quando ou mesmo muito.Ver-te comer sem modos.Dar espaço. É GENTIL ser potencialmente fechado ou aberto ou assim-assim. O tempo onde a minha saia se senta tem um rasgão que deixa emergir essa espécie deFragilidade que não é mais que uma coragem.É gentil a roupa suadaÉ gentil vestir o melhor fatoÉ gentil molhar o pão no molhoÉ gentil um guardanapo no lugar certo para limparÉ gentil uma coisa de cada vezÉ gentil ser devagarinhoNa rua,O tempo-massa evacua-se dessimuladamente. Material costurável, Almoços com a família,Um saco de água quente encostado ao peito.É gentil… Um toque dissimuladoUma festa dentro de portasSentir a falta, Doce de ameixaEsperar o tempo que for precisoPalmas entusiasmadas e\ou comovidasSento-me por cima das mãos… porque é fácil e a dor é suportável.Conservo-me a Gritar baixinho,Uma liberdade absurda!Dizer que te amo com a boca cheia.Boiar na água E sair a correr.